sábado, 15 de outubro de 2016

Polinização

E aí, galera!! 

Hoje resolvi falar sobre Polinização. Um tema abrangente e super importante para a manutenção do equilíbrio no ecossistema.


Polinização

Resultado de imagem para abelha na flor

   Estruturas das mais variadas formas e complexidades, grãos de pólen são levados da antera (porção feminina) de uma flor até o estigma (porção masculina) de outra, em espécies dioicas (organismos de sexos diferentes), e em espécies monoicas (os dois sexos no mesmo indivíduo), ocorre a autopolinização. O grão de pólen chega até o estigma, onde ocorre a fecundação e a formação da semente, que será germinada e formará a nova planta. Apenas um único grão de pólen é necessário para fertilizar a estrutura feminina, dentre muitos que chegam nela. Como meio de evitar a autopolinização, muitas flores amadurecem as estruturas femininas e masculinas em épocas diferentes. 
   A polinização é feita de várias formas: pelo vento (anemocoria), por animais (zoocoria) e pela água (hidrocoria). Em geral, anemocoria é encontrada em Gimnospermas e zoocoria em Angiospermas. Para atrair a atenção de vertebrados e invertebrados, as flores tiveram que desenvolver mecanismos de dispersão. Algumas flores utilizam mecanismos, como a coloração de folhas e pétalas, odor, liberação de substâncias, mimetismo, dentre outros. Flores que são polinizadas por insetos investem na coloração azulada para chamar mais a atenção. Já a polinização por pássaros prevalece flores de coloração avermelhada, apenas a cor é necessária para que haja a interação planta-animal, pois os sentidos olfativos dos pássaros não são bons o bastante para investir na liberação de aromas. 
   Existem flores com folhas imitando vitrais, com partes translúcidas e cores vibrantes na porção adaxial. Essas folhas chamam a atenção das aves, não havendo a necessidade de gasto energético com pétalas sofisticadas ou aromas. As manchas são mais econômicas. Duram muito mais tempo do que pétalas e anunciarão uma sucessão inteira de flores. Algumas mimetizam fêmeas de insetos, como as vespas. Quando os machos procuram as “fêmeas” acabam carregando o pólen de uma flor para outra. Para cada polinizador, o pólen é distribuído de forma diferente. Por exemplo, aves de bico comprido, como o beija-flor, ao beberem o néctar, adquirem pólen na parte de trás de seu pescoço, e então, quando o pássaro vai beber em outro lugar, o estigma da segunda planta interage com o pólen do primeiro. O pólen pode ser carregado também por pequenos mamíferos que se alimentam de sementes caídas no chão. Além das próprias sementes que são carregadas e derrubadas no meio do caminho ou depositadas em vários locais pelas fezes dos animais. Outras plantas possuem óleos nutritivos específicos para cada inseto, como as abelhas. Estas possuem “pelos” em suas pernas dianteiras capazes de absorver o óleo. Algumas flores liberam odor de carne putrefata, com a intenção de atrair moscas. 
   Observa-se que as Espermatófitas (Gimnospermas e Angiospermas) desenvolveram estruturas e mecanismos de tal forma que garantiu uma variabilidade genética e a propagação das espécies. Essas plantas desenvolveram adaptações importantes para a linhagem evolutiva e equilíbrio ecológico, levando em consideração o próprio benefício e dos demais organismos em interações ecológicas.

E aí? Gostou do assunto? Se interessou? Recomendo o vídeo "The Private Life of Plants – Flowering". É parte de um documentário de 1995 da BBC. Vale a pena conferir. Até a próxima! ;)

*Dúvidas, dicas, sugestões: envie um e-mail para amandalopes.diegoreis.biologia@gmail.com