sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Tubarões pré-históricos!

E aí galera! Hoje vou expor um pouco minha paixão por animais pré-históricos e tubarões, mostrando 4 dos principais predadores marinhos que já existiram! 


Livyatan : A mais poderosa baleia que já existiu!

Livyatan, a verdadeira "Baleia assassina"
© Aaron John Gregory

       A Livyatan melvillei foi uma extinta espécie de cetáceo odontoceno, que viveu durante o período Mioceno, a aproximadamente 12 milhões de anos atrás. Possuía de  13,5 a 17,5 metros de comprimento e pesava cerca de 50 toneladas.
      A Livyatan melvillei foi descoberta em 2008, no deserto de Pisco-ica, no sul do Peru. Os fósseis descobertos compreendem a 75% do cranio, grandes fragmentos da mandíbula e maxila, e vários dentes. Seus dentes eram enormes, mediam cerca de 36 centímetros cada, sendo os maiores dentes de todo o reino animal, superando o tamanho dos dentes de animais como o Tiranossauro e o Megalodon. Observando sua dentição e o seu tamanho, é pensado que esta baleia se alimenta-se principalmente de baleias menores, de 10 metros. Com certeza eram animais topo de seu ambiente, junto com o gigantesco tubarão Megalodonte. Há a possibilidade de Livyatans terem caçado filhotes de Megalodontes, e também terem travado duelos mortais com estes tubarões enormes. Acredita-se pelo tamanho dos dentes e pelas mandíbulas extremamente poderosas, que a Livyatan possuía uma força de mordida esmagadora, perdendo apenas para a força de mordida do Megalodon, que é de 20 toneladas.

      Livyatans dominaram seu ambiente. Eram predadores absolutos, junto com os megalodontes, que eram seu único adversário a altura. Seu tamanho, força de mordida e peso deveriam ser suficientes para dominar qualquer ambiente. Como eram animais mamíferos, os filhotes eram totalmente dependentes de suas mães, e o provável único método de alimentação destes filhotes era por meio do leite de suas mães. Os filhotes se alimentavam do leite das mães até atingirem certa maturidade e tamanho, para poderem caçar sozinhos e se reproduzirem. Como disse anteriormente, eram animais que em seu cardápio principal estavam grandes baleias e peixes, ambos de até 10 metros, porém, esta baleia com certeza era capaz de caçar presas maiores. Assim como as atuais cachalotes, as Livyatans abrigaram em seu cranio um órgão de espermacete (Reservatórios de óleo e cera). Nas cachalotes atuais, o espermacete serve para que elas possam mergulhar mais fundo para se alimentarem de sua principal presa, a lula gigante. Mas, em Livyatans o espermacete tinha outra função, pois como suas principais presas eram baleias, que ficam próximas da superfície, elas não necessitariam ir muito fundo para captura-las, por tanto a função do espermacete das Livyatans seria usado para agredir presas ou outros animais cabeceando-os e para ajudar na Ecolocalização. Cabeçadas deveriam ser comuns quando machos desta espécie brigavam, por qualquer motivo que seja. Já que as baleias, que eram sua presa preferida viviam próximas a superficie, a Livyatan também deveria viver por ali.
Partes descobertas do cranio da Livyatan Melvillei.
© G. Biannucci

 Livyatans com certeza não possuíam predadores naturais, e deveriam ser predadores solitários quando adultos. Nadavam sozinhos pelos mares procurando presas para se alimentarem. O provável motivo da extinção da Livyatan foi o clima e mudanças ambientais em seu ecossistema. Mudanças no numero, tamanho das baleias que a Livyatan caçava e ainda o esfriamento do clima que aconteceu durante o período de tempo em que a Livyatan viveu, podem ter causado varios impactos nestes animais, levando-os assim até a extinção.

Classificação científica :
• Domínio: Eukarya
• Divisão: Metazoa
• Filo : Chordata
• Classe : Mammalia
• Subclasse : Eutheria
• Ordem : Cetacea
• Subordem : Odontocedi
• Superfamilia : Physeteroidea
• Gênero : Livyatan
• Nome cientifico : Livyatan melvillei


Helicoprion: o tubarão misterioso com dentes em espiral

Helicoprion

      Helicoprion ("serra em espiral") foi um gênero de peixe cartilaginoso semelhantes a tubarões que surgiram nos oceanos do Carbonífero há 280 milhões de anos e se extinguiu há 250 milhões no período Triássico. Media de 3 a 4 m de comprimento e pesava entre 300 e 450 kg.
      Os únicos fósseis conhecidos são de seus dentes, que eram arranjados em uma "espiral de dentes" que lembra bastante uma serra circular. Conforme o indivíduo crescia, os dentes mais velhos eram empurrados para o centro da espiral e davam lugar aos novos, maiores. A serrilha em suas bordas indica alimentação carnívora; Como ainda é necessário encontrar um crânio, a maneira como ele capturava e devorava suas presas é objeto de grande especulação. Acredita-se que os dentes eram especializados para quebrar a concha de amonites ou atacar cardumes de peixes. 

Classificação científica:
Resultado de imagem para helicoprion• Domínio: Eukarya
• Divisão: Metazoa
 Filo: Chordata
 Classe: Chondrichthyes
 Subclasse: Holocephali
 Ordem: † Eugeneodontida
 Família: † Agassizodontidae
 Gênero: † Helicoprion
 Espécies: † Helicoprion bessonovi, † H. davish, † H. ferrieri, † H. ergasaminon, † H. jingmenense, † H. mexicanus, † H. nevadensis e † H. sierrensis



Dunkleosteus: peixe terrível

"O Dunkleosteus era capaz de devorar qualquer coisa em seu ambiente"

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      O Dunkleosteus terrelli foi um peixe placodermo pré-histórico que viveu no período Devoniano, há mais de 360 milhões de anos. Tinha a cabeça e o tórax coberto com placas duras parecidas com uma blindagem que chegavam a 5 cm de espessura, do restante do corpo (cauda) não existem fósseis, sendo que nas reconstituições essa parte é baseada na de outros placodermos. Media cerca de 6 metros de comprimento (embora alguns paleontólogos acreditem que o animal poderia chegar aos 9 metros) e mais de 30 toneladas de peso. Ele teoricamente podia fechar a mandíbula a uma grande velocidade e com mais de 5.500 kg de peso, cerca de 10.000x o que um tubarão branco consegue fazer. O desenho único do crânio e de diferentes músculos usados pelo Dunkleosteus terrelli para abrir e fechar a boca fizeram desse peixe um dos primeiros grandes predadores entre os vertebrados - ao menos dos que se têm registros fósseis. Abria a boca em menos de 1/5 de segundo. Dentro d'água isso produzia uma forte sucção e puxava as presas, não importa o tamanho delas. 
      Os primeiros fósseis foram encontrados em 1867 no estado americano de Ohio pelo geólogo Jay Terrell. Também foram achados fósseis na Europa e norte da África; essa ampla distribuição geográfica indica que esse animal estaria no topo da cadeia alimentar de seu período, se alimentando praticamente de qualquer animal contemporâneo e ocupando o nicho ecológico dos atuais grandes tubarões.

Classificação científica:
• Domínio: Eukarya
• Divisão: Metazoa
 Filo: Chordata
 Classe: † Placodermi
 Ordem: † Arthrodira
 Família: † Dunkleosteidae
 Gênero: † Dunkleosteus
 Espécies: † Dunkleosteus terrelli, † D. denisoni, † D. marsaisi, † D. magnificus, † D. missouriensis, † D. newberryi, † D. raveri, † D. amblyodoratus e (?) † D. belgicus


Megalodon: o gigante dos mares

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      Carcharodon megalodon (também denominado megalodonte ou tubarão branco-gigante) foi uma espécie de tubarão gigante que viveu entre 20 e 16 milhões de anos atrás no período Mioceno no Oceano Pacífico.
   Os dentes são em muitos aspectos similares aos do tubarão-branco atual (Carcharodon carcharias), mas com um tamanho que pode superar os 17 centímetros de comprimento, pelo que se pode considerar a existência de um estreito parentesco entre as espécies. No entanto, alguns investigadores opinam que as similitudes entre os dentes de ambos os animais são produto de um processo de evolução convergente. Por causa de seus grandes dentes que o nomearam Megalodonte que significa "dente enorme".
    O tamanho desta criatura era entre 15 e 20 metros, com um peso que podia chegar as 50 toneladas. O Megalodonte era três vezes maior que o tubarão-branco atual. As primeiras reconstituições com comprimentos que podiam chegar aos 10 metros, consideram-se de maneira geral como pouco precisas.
      Existe a teoria de que os megalodontes adultos se alimentavam de baleias e que se extinguiram quando os mares polares se tornaram demasiado frios para a sobrevivência dos tubarões, permitindo que as baleias pudessem estar a salvo deles durante o verão.
 Durante o Plioceno, cetáceos muito grandes e avançados desapareceram. Megalodon aparentemente era mais refinado com suas estratégias de caça para lidar com estas grandes baleias. Numerosos ossos fossilizados de nadadeiras (ou seja, segmentos das barbatanas peitorais), e vértebras caudais de grandes baleias do Plioceno foram encontradas com marcas de mordida que foram causados ​​por ataques de Carcharodon megalodon. Esta evidência paleontológica sugere que megalodon tentava imobilizar uma grande baleia rasgando ou mordendo suas estruturas de propulsão antes de matar e se alimentar dela.
      Os Megalodontes jovens não eram grandes o bastante para atacar baleias. Os dentes dos jovens eram geralmente encontrados em águas rasas, sugerindo que estes grandes tubarões viviam perto das costas. E com isso eles provavelmente deveriam ter caçado peixes de grande porte e pequenos mamíferos, como o Odobenocetops.
      Carcharodon megalodon é representado no registro fóssil principalmente pelos seus dentes e centra vertebral. Como acontece com todos os outros tubarões, seu esqueleto era formado por cartilagem em vez de ossos.
      Os fósseis mais comuns de Megalodontes são seus dentes. Seus dentes têm: forma triangular, estrutura robusta, são de grande porte, serrilha boa e são em forma de V. Os dentes deste tubarão podem medir mais de 180mm de altura ou comprimento inclinado na diagonal e são maiores do que os de qualquer espécie de tubarão conhecida.
      Os fósseis de C. megalodon foram escavados em muitas partes do mundo, incluindo Brasil, Europa, América do Norte, América do Sul, Porto Rico, Cuba, Jamaica, Austrália, Nova Zelândia, Japão, ÁfricaMalta, Granadinas, Índia e Madagascar. Seus dentes também foram escavados em lugares grandes ,por exemplo, o Rio São Francisco em Sergipe
      Acredita-se que C. Megalodon viveu na região Nordeste do Brasil provavelmente cerca de 100,9 milhões de anos atrás.

Classificação científica:
Resultado de imagem para megalodonte• Domínio: Eukarya
• Divisão: Metazoa
• FiloChordata
• ClasseChondrichthyes
• SubclasseElasmobranchii
• OrdemLamniformes
• FamíliaLamnidae
• GêneroCarcharodon
• EspécieC. megalodon

                                                                          Imagem comparativa de uma mandíbula de tubarão branco 
                                                                                (a que está sendo segurada) e a de um Megalodon.

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Dentes (escuros, pela fossilização) de Megalodon e de tubarão-branco



E aí? Ficou curioso(a)? Gostou do tema? Jogo e recomendo "Hungry Shark". É um jogo para Android. Nele, você pode vivenciar um pouco mais as estratégias de caça e o hábito de alguns destes que eu citei e, ainda, se sentir um tubarão de verdade! xD

*Dúvidas, dicas, sugestões: envie um e-mail para amandalopes.diegoreis.biologia@gmail.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Por que após uma grande ingestão de álcool o volume de urina aumenta?

E aí, galera! Hoje resolvi falar de um assunto curioso e que muitos gostariam de saber: Por que após uma grande ingestão de álcool o volume de urina aumenta?


  
   A vasopressina, também conhecida como ADH, é um hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina. Este hormônio é chamado de vasopressina, pois aumenta a pressão sanguínea ao induzir uma vasoconstrição moderada sobre as arteríolas do corpo. O ADH atua no néfron, favorecendo a abertura dos canais de água (aquaporinas) nas células do túbulo de conexão e túbulo coletor. É secretado pela neuroipófise (porção posterior da hipófise), mas é produzido por células nervosas do hipotálamo que estendem seus axônios até a neuroipófise. Os neurônios dos núcleos supraóptico e paraventricular, localizados no hipotálamo, próximos ao centro da sede, são os responsáveis pela biossíntese da vasopressina. O processo de produção começa com a ativação do gene que codifica a vasopressina, localizado no cromossomo 20.
    Quando o álcool é consumido, ele entra na corrente sanguínea fazendo com que a hipófise bloqueie a produção da vasopressina, ou seja, evitando que a urina se torne muito diluída. Esse efeito entra em prática através das percepções relativas ao plasma sanguíneo por receptores osmóticos localizados no hipotálamo. Quando há um aumento na concentração do plasma - o que signifca que este contém pouca água - os osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Tendo alcançado o sangue, o hormônio atua sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células destes mais permeáveis á água. Através desse mecanismo, ocorre uma absorção maior do H2O e a urina, consequentemente, torna-se mais concentrada. Quando a concentração do plasma é baixa - significando uma quantidade considerável de água no sangue, tornando-o mais diluído - há inibição da produção do ADH e, por conseguinte, uma menor absorção da água nos túbulos distais e coletores, possibilitando maior excreção de H2O, o que torna a urina mais diluída. O álcool aumenta a diurese, suprimindo a produção de ADH. O acetaldeído inibe o hormônio antidiurético, o que faz a pessoa urinar mais e, por isso, perder líquido. Daí vem a sensação de boca seca e a necessidade de beber água no dia seguinte.
   Pesquisas indicam que a ingestão de cerca de 250ml de bebida alcóolica ocasiona a expulsão de 800ml á 1L de água pelo corpo. Logo, a perda mostra-se bem maior que o ganho. Este ''efeito diurético'' tende a diminuir de acordo com a diminuição gradual do álcool na corrente sanguínea, porém os efeitos colaterais ajudam a criar a ressaca. A principal culpada pela ressaca é uma substância chamada acetaldeído: Produto de metabolismo do álcool, é mais tóxico que ele próprio e produzido quando o álcool no fígado é destruído por uma enzima chamada álcool desidrogenase.
     O processo de metabolização do etanol envolve vias enzimáticas do fígado que também participam da geração de glicose, principalmente em períodos de jejum. Como essa enzimas estão ocupadas metabolizando o etanol, temos uma queda no nível de glicose para o cérebro e outras regiões do organismo. A partir desse processo, o indivíduo começa a sentir os sintomas de fraqueza e mal estar.
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasopressina
http://bioquimicadoalcool.blogspot.com.br/2012/06/ressaca-o-dia-depois-do-alcool.html

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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Por que devemos apagar as luzes na hora de dormir?

E aí,  galera! Vocês já devem ter ouvido falar que devemos dormir no escuro, né? Hoje, em aula, descobri o porquê.

A exposição crônica à luz durante a noite leva a uma série de problemas de saúde.

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Somos expostos à iluminação artificial à noite (IAN). Essa iluminação interior é consideravelmente menos potente do que a luz solar, mas ainda muitas ordens de magnitude maior do que a luz das estrelas e do luar – uma diferença que influencia uma série de reações bioquímicas críticas ligadas a periodicidade de luz, incluindo a produção de cortisol e melatonina.
Supressão de melatonina é chave para entender muito do porquê IAN faz mal para nós. Este composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília.
Ele reduz a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo – respostas fisiológicas que são as principais responsáveis por um sono reparador.
A parte do cérebro que controla o relógio biológico é o núcleo supraquiasmático (SCN), um grupo de células no hipotálamo. Estas células respondem aos sinais claros e escuros. Os nervos ópticos em nossos olhos percebem a luz e transmitem um sinal para o SCN, dizendo ao cérebro que é hora de acordar.
Esses sinais também iniciam outros processos, como o aumento da temperatura corporal e a produção de hormônios como o cortisol (o do estresse). Os nossos níveis de cortisol são relativamente baixos durante a noite, permitindo-nos dormir, e mais elevados durante o dia, permitindo a estabilização dos níveis de energia e a modulação da função imunológica.
IAN eleva os níveis de cortisol à noite, o que perturba o sono e apresenta uma série de problemas relacionados com os níveis de gordura corporal, resistência à insulina e inflamação sistêmica. Também contribui para um sono ruim e uma interrupção da neuroregulação do apetite.
Quando os quartos ficam totalmente escuros à noite, nenhum sinal óptico é enviado para o SCN, de forma que os nossos corpos produzem a melatonina necessária. A exposição à luz ambiente durante as horas normais de sono suprime os níveis de melatonina em mais de 50%.
A luz durante a noite não precisa sequer ser brilhante para causar problemas. A exposição crônica à luz fraca já é capaz de levar a sintomas de depressão. IAN também pode prejudicar o humor e a aprendizagem, mais uma vez provavelmente por causa de neurônios expressando melanopsina.
A melatonina ainda tem propriedades antioxidantes, que desempenham um papel importante no antienvelhecimento.
Outros estudos ainda mostram uma ligação entre a supressão de melatonina e doença cardiovascular.
Como se não bastasse tudo isso, luz à noite também contribui para o ganho de peso, mudando o tempo da nossa ingestão de alimentos. Os cientistas também correlacionaram níveis baixos de melatonina à diabetes, embora não saibam o papel da IAN na doença.
Levando tudo isso em conta, observa-se a importância da glândula pineal em nossa saúde. Portanto, não esqueça de pagar as luzes à noite p/ manter "corpo e mente" saudáveis. 


Referências:https://www.google.com.br/amp/hypescience.com/por-que-precisamos-dormir-em-total-escuridao/amp/



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